Embora já estivesse acostumado com as constantes maluquices
e mentiras da mãe (Kyra Sedgwick), Walter (Haley Joel Osment)
tem dificuldade de acreditar que dessa vez ela vai abandona-lo
aos cuidados de dois tios pra lá de excêntricos.
Moradores em um distante sítio, Garth (Michael Caine) e Hub
(Robert Duvall) também não apreciam nadinha a presença do
amedrontado hóspede. Afinal, eles são homens cheios de manias
e sem qualquer jeito para cuidar de um jovem – ainda mais de
um jovem como Walter.
Mas, sem que nenhum dos três possa fazer nada para evitar
esse forçado convívio, eles se vêem, de uma hora para outra,
sob o mesmo teto.
Enquanto Garth é uma pessoa um pouco mais razoável e
permite que Walter se aproxime, Hub é agressivo e tem um
temperamento muito difícil.
Os dias vão se passando e Walter interessa-se em conhecer o
passado dos tios e saber de onde veio a misteriosa fortuna
deles. Afinal, quem são eles? Ricos aventureiros? Perigosos
ladrões? Ou apenas dois grandes mentirosos?
Quem narra as aventuras do passado da dupla é Garth, diante
do olhar incrédulo de Walter. São histórias muito malucas,
como a própria dupla – diga-se de passagem -, porém, permitem
com que Walter entenda melhor o comportamento actual de ambos e
passe a traçar metas para si próprio.
As noções de “certo e errado” e de “verdade e mentira”,
passam a ter conotações bastante diferentes para Walter. E, de
repente, ele percebe que sua vida pode realmente ser diferente
se ele ousar acreditar naquilo que possa faze-lo mais
feliz.
Não só ousar, mas também lutar e insistir por isso.
É um filme despretensioso e que supera as expectativas.
Destaque para a performance de Michael Caine e ao tom cómico
dado às narrativas – bem ao estilo “Indiana Jones” –
referentes às aventuras dos tios.
Bom !
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