Senhor Deus, pai dos que choram,
Dos tristes, dos oprimidos,
Fortaleza dos vencidos,
Consolo de toda dor,
Embora a miséria amarga
Dos prantos de nossos erro,
Deste mundo de desterro, Clamamos por vosso amor!
Nas aflições do caminho,
Na noite mais tormentosa,
Vossa fonte generosa É o bem que não secará
Sois, em tudo, a luz eterna
Da alegria e da bonança
Que nunca se fechará.
Quando tudo nos despreza
No mundo de iniquidade,
Quando vem a tempestade
Sobre as flores da ilusão!
Ò Pai, sois a luz divina,
O cântico da certeza,
Vencendo toda a aspereza,
Vencendo toda a aflição.
No dia da nossa morte,
No abandono ou no tormento,
Trazei-nos o esquecimento,
Da sombra, da dor, do mal!...
Que nos últimos instantes,
Sintamos a luz da vida
Renovada e redimida
Na paz ditosae imortal.
Emmanuel
Livro: Paulo e Estevão (pag.199)