FRANCISCO DE ASSIS

 

        Para se falar sobre um Anjo torna-se necessário ser um Anjo também - condição da qual estamos muito longe. Vamos dar leves traços sobre este livro que retrata a personalidade de Francisco de Assis, há oito séculos atrás.

        O nosso companheiro Miramez escolheu alguns acontecimentos ocorridos com o Poverello de Assis, em uma sequência de quarenta e quatro anos e que foram quarenta e quatro anos de caridade, vividos no seio da humanidade, esta humanidade que ignorou a grandeza desta alma de esferas distantes, espírito destinado a deixar um traço de união entre todos os seres que vivem e todas as organizações políticas e religiosas. O nosso amigo espiritual nos diz que este livro é uma simples anotação sobre a vida desse grande santo, que faz parte do colégio apostolar de Jesus Cristo.

        Francisco de Assis viveu a mensagem do Evangelho de modo a consolidar a palavra Amor, fazendo-a sair da teoria e avançar para a prática no dia-a-dia. Não há jeito na Terra de se pensar e escrever sobre a Caridade, sem se lembrar do Homem da Úmbria: todos os caminhos por onde passou falam dele. Deixou impregnado no tempo e no espaço, nas coisas e na própria natureza, algo de divino, que somente o tempo poderá revelar no futuro, para a grandeza da fé. Não se pode lembrar dos hansenianos sem encontrar a figura extraordinária de Francisco; não se pode falar da assistência social, sem que ele esteja no meio; não se pode referir ao amor, sem a benfeitora irradiação.

        O Cristo operava no mundo pelas mãos desse Anjo de Deus, confortando os doentes, curando os enfermos, instruindo os ignorantes, fartando os famintos e vestindo os nus. Dava sem receber e recebia distribuindo. Amava sem exigências e, quando ofendido, amava o ofensor. Abençoava a todos, e, quando apedrejado, servia mais. Falava sem ferir, e, quando ferido, compreendia o revoltado. Nunca se indignava e, quando em meio à revolta, orava em favor de todos. Trabalhava e amava o trabalho. Defrontando-se com a inércia, estimulava o labor. Tinha como base da felicidade, a alegria. Quando encontrava a tristeza, alegrava-se mais. Não falava em doenças. Quando encontrava enfermos, enfatizava a saúde, sem esquecer a fé. Ouvia em silêncio os que sofriam e falava quando a sua palavra fosse consolo ou paz. Desejava o bem de todos, sem cogitar de onde procediam, para onde iam, a qual escola ou partido político pertenciam. Não era dado a examinar procedências para servir, pois via a todos como filhos de Deus.

(...)

        Francisco de Assis mostra o quanto vale o Amor e faz a humanidade conhecer aquele Cristo de há dois mil anos, fundindo e refundindo todas as virtudes, na expressão que a Sua vida nos oferta. Francisco venceu a morte porque venceu as imperfeições, lutou contra os instintos inferiores e alcançou a vitória sobre os inimigos internos, consolidou os dons espirituais no coração e irradiou o Bem em todas as direcções.

Foi bom.
Foi justo.
Foi honesto.
Foi feliz.
Foi trabalhador.
Foi irmão.
Foi perdão.
Foi manso.
Foi enérgico.
Foi compreensivo.
Foi caridoso.
Foi carinhoso.
Foi pai.
Foi tolerante.
Foi humilde.
Foi pastor.
Foi santo.
Foi místico.
Foi homem.
Foi Anjo,

porque cultivou um jardim de virtudes dentro do coração,
 na presença do Cristo e na lavoura de Deus.

(...)

 

BEZERRA DE MENEZES

(Prefácio do livro FRANCISCO DE ASSIS,
 psicografado por João Nunes Maia, pelo Espírito Miramez)

 

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