ESQUECIMENTO DO PASSADO
Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se nos lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram, ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles actualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto a nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.
Certamente,
hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as consequências
de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no
pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam
reatar os laços cortados em existências anteriores.
A
reencarnação, desta forma, é a oportunidade de devotarmos nossos esforços
pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos,
trazemos um «plano espiritual», compromissos assumidos perante a
Espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do
mal e à pratica de todo o bem possível. Dependendo de nossas condições
espirituais, podemos ou não ter escolhido as provas, os sofrimentos, as
dificuldades que provarão nosso desenvolvimento espiritual.
A
reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina,
explica-nos porque existe tanta desigualdade de destinos das criaturas na Terra.
A
finalidade da vida na Terra é, portanto:
1. para expiarmos o mal praticado, pagando com sofrimento nossos erros;
2. para provarmos ou medirmos nosso grau evolutivo, ante as dificuldades da vida;
3. para ajudarmos a humanidade e exemplificarmos o bem diante dos outros;
4. para desempenharmos missão especial, no caso de espíritos elevados que prestam grandes serviços à humanidade.
Pelo
mecanismo da reencarnação, verificamos que Deus não castiga. Somos nós os
causadores dos próprios sofrimentos, pela «lei da acção e reacção».