Era português,
nascido na Ilha Terceira (Açores), em 29 de Dezembro de 1873. Veio para o
Brasil, acompanhado de seus pais, ainda muito criança. A sua desencarnação
ocorreu no bairro de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro, no dia 27 de Abril de
1929.
José Machado Tosta
foi um grande propagador do Espiritismo, idealista e criador de colunas espíritas
na Imprensa Leiga, notadamente na “Gazeta de Notícia” e em “O Jornal”,
tradicionais órgãos da imprensa carioca. Foi secretário da União Espírita
Suburbana, em Marechal Hermes, ao lado de Ignácio Bittencourt, o extraordinário
médium e espírita de saudosa memória.
Com Carlos Imbassahy
fundou o Centro Espírita “Fraternidade”, de M. Hermes, em cuja casa,
emprestou assídua colaboração, tornando-se respeitado e acatado por toda
população do movimentado bairro. Ao lado de Ismael Gomes Braga e de outros
idealistas, muito trabalhou pela implantação do Esperanto nos meios espíritas,
mantendo volumosa correspondência com o mundo esperantista, fazendo por esse
meio intensa propaganda da Doutrina dos Espíritos. Amigo e admirado de Cairbar
Schutel, fez-se representante de “O Clarim” e da “Revista Internacional de
Espiritismo”, concorrendo de forma notável para difusão das obras do Apóstolo
de Matão.
José Machado Tosta
foi um autêntico paladino na divulgação e na defesa da pureza doutrinária do
Espiritismo. Apologista da propaganda espírita nos meios profanos, promoveu com
César Gonçalves e Jôhnatas Botelho inúmeras conferências públicas, em
cinemas, teatros e logradouros públicos, atraindo as elites intelectuais para
assisti-las, pelo gabarito dos conferencistas, como Viana de Carvalho, Dr. Ivon
Costa, Dr. Guillon Ribeiro e tantas outras personalidades espíritas. Seu
objectivo era propagar a Doutrina em todas as camadas sociais.
Foi poeta e literato, companheiro de Amaral Ornelas, deixou apreciável bagagem em prosa e verso. José Machado Tosta é um nome que honra a posteridade, pelo exemplo, pelo amor e por tudo quanto realizou na Doutrina Espírita.